É recorrente por parte de muitos gestores a exteriorização das seguintes expressões: “estou diretor” e “porém sou professor”. No entanto, o que se ver no cotidiano das escolas, é um distanciamento dessa teoria com a práxis, uma vez que as/os administradoras/os escolares não só incorporam o discurso das elites, bem como cumprem regiamente os ditames do governo de plantão. Aliás, no afã de agradarem aos seus superiores hierárquicos, fazem mais do que lhes é recomendado. Ressalte-se aqui as sempre exceções necessárias. Alguns sentem-se verdadeiros “donos” da escola, onde o que vale é o seu pensamento e seus ditames. Outros ,em busca de resultados positivos chegam a assediar moralmente o corpo docente da escola, atribuindo todo o ônus do fracasso escolar tão somente às professoras e aos professores. Um terceiro grupo perpetua-se no poder, fazendo do órgão público um apêndice da sua casa. Chegam até a incorporar parentes e amigos ao espaço escolar, inclusive com maiores poderes de decisão do que os próprios funcionários da repartição. Também. há aqueles que incentivam o corpo discente a se insurgir contra as professoras e professores. Mas, infelizmente, a maioria dos gestores é constituída por pessoas que são a síntese desses grupos citados anteriormente. E não estamos falando aqui de omissão de responsabilidades. Entenda-se bem. Não queremos ninguém ”bonzinho ou boazinha” para a categoria. Porém, aqui cabem alguns questionamentos:
Como sou professor (a) e deixo-me ser instrumento dos governos na opressão e chantagem da categoria dos profissionais da educação? Como sou professor(a) e me oponho à luta por melhores condições salariais e melhores condições de trabalho? Como sou professor(a) e assedio os/as colegas para retornarem ao trabalho em pleno momento crucial do nosso movimento paredista? Como sou professor(a) e sou tão eficiente em enviar as faltas daqueles que estão lutando por nossa dignidade?
Afinal, depois dessas singelas reflexões, você gestor(a) está de qual lado? Das/os educadoras/os ou do governo? Lembrando, nesse momento não existe coluna do meio!
Francisco Duarte
Ainda acredito que um mundo melhor seja possível
Enviado pelo Professor Francisco Duarte da cidade do Crato
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