quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Em reunião, nova tabela de remuneração é apresentada a professores

Representantes do Governo do Estado e dos professores em greve estiveram reunidos nesta quarta-feira (5), na sede do Ministério Público Estadual. Segundo informações obtidas pela reportagem da TV Jangadeiro, o cenário pode mudar com a proposta da adoção de uma nova tabela de reajustes que atinjam a todos os profissionais.
Participaram do encontro membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A secretária de educação Izolda Cela também esteve na reunião.
Segundo Irineu de Carvalho, Conselheiro Técnico do Fundeb, foi sugerido um piso salarial de R$ 1.400 para professores do nível médio e R$ 1.820 para os que possuam graduação, além de um adicional a toda classe de 5% em janeiro de 2012. Os novos valores seriam pagos com verbas do Fundeb, sem prejudicar a folha de pagamento do Estado.
Anízio Melo, presidente do Sindicato dos Professores (APEOC), afirmou que houve um avanço quanto as negociações e que há possibilidades de acordo.
Nova tabela salarial apresentada pelo Conselheiro Técnico do Fundeb

Nova Assembleia Geral
A decisão sobre a continuidade da greve será divulgada na próxima sexta-feira (7), após uma assembleia geral dos professores, que discutirá além da nova tabela, o risco de demissão dos professores grevistas e a multa imposta à APEOC pelo tempo da paralisação, que pode chegar a R$ 100 mil.


Vale lembrar que a proposta da apeoc inicialmente era de 5% a cada nível e o que está sendo proposto é de 5% para toda a categoria. Com isso temos uma perda enorme.  Esse valor já não seria negociado como aumento salarial para o ano que vem? O que ganhamos com isso?
E o 1/3 da redução de carga horária? E como ficam as progressões?
comentários acima do administrador do blog: Raimundo Nonato Chaves Junior

PONTOS CONTRA
1.      As novas tabelas mantêm a divisão entre professores de nível médio e superior, sem as correções anuais da lei do piso
2.      É contrária a constituição estadual que prevê piso único
3.      A gratificação não é incorporada ao salário-base, seremos mestres e doutores, mas com salários de graduados.
4.      A nova tabela propõe uma diferença
5.      Diferença entre 30% do nível médio para o graduado (não seria 60%?)
6.      Inexistência da progressão vertical (apesar de só termos acesso a ela após o probatório, penso que é uma boa forma de estímulo a qualificação)
7.      Gratificações com percentuais baixos
8.      Conversão a partir da remuneração total promovendo o aumento real de apenas 5% para os colegas que estão a mais tempo na carreira.
PONTOS PRÓS
1. O governo apontou por mais de uma vez que passa a conceber a repercussão do piso na carreira, o que não aceitava.
2. O governo apontou que passa a conceder a reunificação das tabelas e/ou vinculação das mesmas, o que não aceitava (inclusive o técnico do FUDEB afirmou categoricamente que não há problemas em vincular e que provaria aos técnicos da SEDUC).
3. O governo apontou que passa a conceber a utilização de interstício em percentual sobre o nível anterior, o que não aceitava (5% é a tabela proposta)
4. O governo apontou que passa a conceber a regência em percentual sobre o atual nível, o que não aceitava (10% é o da tabela anterior).
5. O governo também tem interesse em promover a descompressão.
6. O governo concebe a GRATIFICAÇÃO por titulação e sobre o nível atual (que não aceitava), o que permite que tenhamos acesso a melhores remunerações de acordo com a titulação assim que entramos na carreira.

NÃO CONCORDO COM OS NÚMEROS, MAS NÃO DESCARTO A LUZ QUE APARECEU PARA TORNAR MAIS POSSÍVEL A IMPLEMENTAÇÃO DO PISO COM REPERCUSSÃO NA CARREIRA DE FORMA MAIS FAVORÁVEL A CATEGORIA.
NADA IMPEDE QUE SE FAÇA UMA PROPOSTA ESCALONADA.
Pontos obscuros ou não mencionados:
1. Forma de ascensão funcional ( que critérios utilizaria)
2. Tempo para ascensão funcional
3. Aplicação do 1/3 da carga horária
4. Avaliação funcional
Estes pontos não foram mencionados na proposta apresentada hoje e nem foram discutidos na reunião.
Discutido e apresentado pela Profa. Penha da cidade do Crato na Assembleia em Juazeiro do Norte, em 06/10/2011

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