sábado, 28 de janeiro de 2012

Pacto pelo Crato II

      Estamos vivenciando um momento pré-eleitoral onde as pretensas candidaturas começam a se cristalizar, mesmo sem ter acontecido as convenções partidárias, e a ocuparem os mais diferentes espaços sociais e geográficos do nosso município. Já é comum, em logradouros públicos, aglomerações de pessoas a ouvirem os candidatos (?) destilando propostas de como sanarão os principais problemas que afligem a população cratense.    Entretanto, esses discursos não se fundamentam em um projeto concreto, real, em que os munícipes tenham participação ativa, cujo objetivo principal seja a resolução  das principais demandas sociais e econômicas das pessoas, em especial, das mais vulneráveis. O que se descortina, pelo menos até o presente, são interesses pessoais (a personalidade acima do coletivo), dos velhos grupelhos politiqueiros (há muito tempo encastelados nas instituições) e ,pasmem ,das famílias ditas tradicionais (que continuam a achar que a coisa pública é uma extensão dos seus quintais).  Essas condições só ratificam as velhas práticas do coronelismo, como o dito “voto de cabresto”, o compadrio, a troca de favores, a compra de votos, etc. . O que poderemos esperar de um prefeito ou de um vereador comprometido com tão nefastas e hediondas táticas eleitoreiras? Até quando nos permitiremos ser enganados? Até onde vai o limite de nossas indiferenças quanto aos fatos políticos? Somos apenas ratificadores(através do sufrágio inconsequente)  das irresponsabilidades e ilegalidades dos nossos  governantes?    È de fundamental importância que procuremos, desde já, a começar a esmiuçar as moções dos candidatos, procurando compreender o que há de concreto e o que há de engodo nas suas palavras e nas suas atitudes. Desconfie daqueles ou daquelas que se dizem ser “serviçais” do povo. Ou daqueles e daquelas que já se dizem saber o remédio para todas as mazelas do nosso município.    Uma candidatura comprometida com os anseios populares surge de maneira coletiva, é construída democraticamente e debatida verdadeiramente, seja nas instâncias partidárias ou no interior dos movimentos sociais. Afora isso não passa de uma pretensão personalística ou, no máximo, de um restrito grupo.    Dessa forma, cidadãs e cidadãos cratenses, fiquemos atentos e tenhamos uma participação ativa e autônoma nesse  processo eleitoral( que já está posto), deixando as paixões partidárias e pessoais em segundo plano, objetivando eleger para a Câmara Municipal e para o Paço Municipal projetos comprometidos com o desenvolvimento econômico do nosso município, com o devido respeito ao meio ambiente,mas que tenha como foco principal o ser humano.  Prof. Francisco Duarte

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