“Os professores têm que ajudar para que isso seja absorvido e para que não haja retrocesso” Caros e caras colegas: Essa frase do ministro Aloísio Mercadante é bastante emblemática da orquestração, ora em processamento, sob a batuta dos gestores públicos(federais,estaduais e municipais), com o intuito de nos tirar o pouco que conquistamos com o advento da Lei do Piso- a correção do piso pelo mesmo índice que corrige os valores do FUNDEB. O que está subjacente quando ele diz "os professores têm que ajudar"? Seria a categoria renunciar a esse direito? Ou já há algo articulado e está a nos preparar, mais uma vez, para o pior?Ou ele acha pouco o quanto trabalhamos, por tão pouco,e quer nos fazer acreditar que os entes federados não têm condições orçamentárias de cumprir com as suas obrigações? Acordemos gente! "Elles" estão articulados. E tanto faz ser PT,PSDB,PMDB,PC do B,PSB,DEM,DEMÔNIOS,etc. Todos eles se deleitam com as benesses dos palácios. Por que pagar um salário um pouco menos aviltante aos educadores e educadoras? Não é melhor continuar abusando da verborragia e do cansado discurso que "educação é prioridade"? Cômodo, não? Já existe um projeto de lei em trâmite na Câmara federal cuja disposição fundamental é trocar o índice FUNDEB pelo INPC. Sabe o que isso significa? Se for aprovado, teremos, a cada ano, no máximo, a reposição da inflação oficial. Ou seja, se já estivesse em vigor, ao invés de 22,22 % , o valor do piso seria corrigido( em 2012) pela alíquota de 6 % (INPC 2011)! Como se achassem pouco o que fizeram com o verdadeiro projeto de lei do piso( irei comentar em outro momento), ainda querem sonegar o que "elles" mesmo aprovaram( o mínimo)! É a demonstração inequívoca do quanto nos respeita- sempre lembrando das raras e honrosas exceções. E nós? Iremos esperar em berço esplêndido que nos seja tirado o que conquistamos? Alguém duvida se continuarmos imóveis "elles" lograrão êxito? Então, vamos à luta? Comecemos a nos articular nas escolas. Coloquemos essa temática nos momentos de planejamentos. Por que não? É uma das poucas situações em que a maioria está disponível para um diálogo. Usemos as rede sociais. Denunciemos aos alunos e seus pais. Vamos às praças e ruas? É preciso coragem, garra, sapiência e determinação,pois temos consciência que "elles" são fortes e argutos. Porém, se nos unir e tivermos perseverança,poderemos impor a esses lacaios do poder econômico uma estrondosa derrota, que poderá representar a alvorada de melhores tempos para as professoras e professores do Brasil!Prof. Francisco DuarteCrato-CE, ainda esperançoso!Vejam a matéria do ministro Mercadante!Brasília - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reconheceu nesta quinta-feira (1º) que o reajuste de 22,2% no piso nacional do magistério é elevado e que algumas prefeituras terão dificuldade com as novas folhas de pagamento. Ele fez um apelo a professores e gestores municipais para que busquem o entendimento e evitem paralisações.“É preciso equilíbrio, responsabilidade. Os professores têm que ajudar para que isso seja absorvido e para que não haja retrocesso”, ressaltou, ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência.O novo piso foi anunciado na última segunda-feira (27) e elevou o salário dos professores de R$ 1.187 para R$ 1.451. O valor estipulado para este ano acompanha o aumento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) de 2011 para 2012, conforme determina a legislação atual.Alguns estados e municípios alegam dificuldade financeira para pagar o valor determinado. Governadores reuniram-se ontem (28) com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e pediram a aprovação de um projeto de lei que altere o critério de correção do piso, que passaria a ser feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação.Mercadante lembrou que, em alguns estados, 57% da folha de pagamento são destinados a pagamento de aposentados. “Não é só um problema do piso, há problemas localizados”, avaliou. Para o ministro, a qualidade da educação constitui o maior desafio histórico brasileiro e, sem incentivo financeiro, os bons profissionais não vão querer lecionar.“Precisamos de uma solução que seja sustentável e progressiva. O que não podemos é congelar o piso”, disse. “Para este ano, a lei é esta. Já divulgamos os parâmetros e a lei é para ser cumprida”, concluiu.
Enviado pelo Prof. Francisco Duarte
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